Neste ano, a FENAMP e a ANSEMP se engajam na campanha Janeiro Branco com a pergunta: “Como está a Saúde Mental dos servidores do MP?”.
No final do ano passado, a pesquisa “Atenção à Saúde Mental de Membros e Servidores do Ministério Público: Fatores Psicossociais no Trabalho no contexto da Pandemia de Covid-19”, realizada pelo CNMP trouxe dados que reforçam a necessidade de ligar o sinal de alerta para o tema.
A pesquisa identificou fatores de Risco Psicossocial no Trabalho. No Ministério Público, se destacou como um desses fatores de risco a Divisão de Tarefas, que trata de ritmos, prazos e condições de execução de tarefas. Esse aspecto representa um risco médio ou alto para 56,8% dos servidores que participaram do estudo.
A pesquisa destaca que: “Há excesso de trabalho e sobrecarga, que estão associados não somente à falta de estrutura, mas também às diferentes formas de pressão e controle sobre o trabalho, seja relativo ao cumprimento dos prazos ou à produção de relatórios e a outros dispositivos de controle. Assim, a falta de pessoal, associada ao pouco tempo para realização das tarefas e as pressões originadas do controle sobre o trabalho mostram-se como fatores de risco relacionados à sobrecarga e, por sua vez, ao esgotamento”.
O estudo ainda chama a atenção para a associação entre a sobrecarga de trabalho e o sentimento de desvalorização e de falta de reconhecimento do trabalho dos servidores: “Esses dois aspectos se destacam, inclusive se se considerarem as pressões para o cumprimento de prazos ou a falta de estrutura física e de pessoal”.
Mais do que identificar esses fatores de risco, é preciso atuar para combater culturas institucionais que promovam o adoecimento.
A FENAMP e a ANSEMP estão nessa luta!