De acordo com o DIEESE-SC, se o Governo do Estado de Santa Catarina fizesse concurso público para substituir o pessoal que hoje é contratado temporariamente, o Iprev-SC arrecadaria mais R$ 5,1 bilhões por ano. O montante corresponde a 84% daquilo que o presidente do Iprev-SC, Vânio Boing, calcula que será o déficit do fundo em 2023, cerca de R$ 6,1 bilhões.
Para Maurício Mulinari, economista do DIEESE-SC responsável pela projeção do que o governo acaba pagando ao INSS ao invés de destinar ao Iprev-SC, “o governo mantém uma política de contratação de temporários ao invés de concursados que é a verdadeira responsável pelo déficit da previdência estadual”.
Mulinari acrescenta ainda que “não tem como cobrir o déficit taxando aposentados, é preciso substituir temporários por concursados e ampliar a contrapartida dos órgãos do estado que é de apenas 2,1 bilhões por ano. Já a Polícia Militar, apesar de ter uma alíquota menor, 10,5%, simplesmente não paga a contrapartida patronal que seria de 21% ao Iprev-SC”.