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Fórum Catarinense de Defesa do Serviço Público

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Na terça, 20 de fevereiro, parlamentares da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa (Alesc) rejeitaram requerimento do deputado Marquito (Psol) que quer saber os endereço, a situação em que se encontram e quanto custam cada um dos 3,4 mil imóveis do Governo do Estado que Jorginho Mello (PL) quer negociar por meio da aprovação do PL 457/2023.

Ainda que na exposição de motivos do Projeto conste a estimativa geral de que o patrimônio valeria ao todo R$ 16 bilhões, é impossível saber se o valor foi subestimado ou superestimado sem uma lista de valores por propriedade.

Durante a sessão da CCJ de ontem, o deputado Volnei Weber (MDB), que presidiu a reunião, sequer explicou o conteúdo do requerimento, mencionando apenas que era uma “diligência ao Governo do Estado”. Quem assistiu à sessão na sala das comissões ou por meio do canal da Alesc do Youtube, ficou sem entender o que estava sendo rejeitado.

Além de Volnei, a deputada Ana Campagnolo (PL) e os deputados Napoleão Bernardes (PSD), Marcius Machado (PL), Pepê Collaço (PP), Tiago Zilli (MDB) e Daniel Cândido (Podemos), este último substituindo Camilo Martins (Podemos), votaram de maneira unânime pela rejeição do pedido de transparência de Marquito.

O Projeto, que tramita em regime de urgência por determinação de Jorginho, cria um fundo com o dinheiro arrecadado pela negociação dos imóveis do Estado. Esse fundo será utilizado para pagar as aposentadorias das trabalhadoras e dos trabalhadores do serviço público estadual.

APOSENTADOS E PENSIONISTAS DO IPREV-SC PODEM SER “BODE EXPIATÓRIO”

Para os dirigentes do Fórum Catarinense de Defesa do Serviço Público, aposentadas, aposentados e pensionistas do Estado podem estar sendo usados como “bode expiatório” para a negociação de imóveis do Estado abaixo do valor de mercado. Por isso, a aprovação do PL 457/2023 pode representar grave perigo ao patrimônio público que foi construído às custas dos impostos pagos pelos catarinenses.

“É uma espécie de cheque em branco para o governador negociar bens do Estado e a população sequer tem o direito de saber que imóveis são esses, onde ficam, em que condições se encontram e quanto valem. Se é do Estado, o contribuinte tem o direito de saber” – disse Neto Puerta, vice-presidente do SINJUSC.

Nesta terça, dia 21 de novembro, parlamentares que fazem parte da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alesc, aprovaram à unanimidade o PLC 0004/2023 de autoria do deputado Fabiano da Luz (PT) que revoga os 14% até o teto do INSS. Agora, o Projeto vai para a Comissão de Finanças e Tributação, antes de ir ao Plenário para aprovação definitiva.

De acordo com a fala do próprio Fabiano durante a sessão da CCJ, o Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) que também prevê a revogação dos 14% até o teto do INSS já teve as assinaturas convalidadas pelo Tribunal Regional Eleitoral e depende da designação de relatoria para começar a tramitar.

As lideranças do Fórum Catarinense acreditam que a chegada do PLIP vai reforçar ainda mais a mobilização em favor da revogação dos 14% até o teto do INSS. Até agora, o Projeto do Governador Jorginho Mello, de revogação dos 14% até três salários mínimos, escalonada até 2026, segue sem relatoria.

Para um dos articuladores do Fórum e vice-presidente do SINJUSC, Neto Puerta, “é hora de intensificar a mobilização em defesa da revogação dos 14% até o teto do INSS a partir do início do ano que vem, mas também contra a chamada “segregação de massas” que Jorginho pretende implementar e que pode acabar falindo o Iprev-SC e colocando o pagamento dos nossos benefícios em risco”.

No último dia 25 de outubro, a presidenta da Confetam-CUT e do SISERP-Criciúma, Jucélia Vargas, recebeu a solidariedade de dirigentes que também fazem parte do Fórum Catarinense de Defesa do Serviço Público durante protocolo de denúncia contra o prefeito de Criciúma (SC), Clésio Salvaro (PSD), no escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Brasília.

De acordo com a denúncia entregue à Vinícius Pinheiro, diretor da OIT Brasil, o prefeito de Criciúma teria utilizado prática antissindical ao enviar e trabalhar na aprovação de Projeto de Lei que suspendeu o pagamento de salários de dirigentes sindicais liberados pelo Município.

Para Jucélia, “ as entidades sindicais existem para garantir um mínimo de equilíbrio nessa relação desigual entre a classe trabalhadora e os capitalistas. O Brasil é signatário da convenção 151 da OIT desde 2010 e até hoje não regulamentou a negociação coletiva no serviço público. Precisamos andar rápido com a regulamentação para evitar outros ‘Salvaros’ pelo país afora”

Nesta terça, dia 7 de novembro, o deputado estadual Marcius Machado (PL), líder do Governo na Assembleia Legislativa (Alesc), declarou que apoiaria o projeto que isenta o pagamento dos 14% para quem ganha até três salários mínimos (R$ 3.960,00) em 2026 apresentado por Jorginho Mello (PL) ao invés do projeto que revoga os 14% até o teto do INSS (R$ 7.507,49) já em 2024.

Marcius “lavou as mãos” ao dizer que votou contra a Reforma da Previdência do ex-governador Carlos Moisés que reduziu a faixa de isenção dos 14% do teto do INSS para um salário mínimo e, portanto, não é responsável pelo que está acontecendo com aposentadas, aposentados e pensionistas do Iprev-SC.

Junto com uma revogação rebaixada dos 14%, Jorginho apresentou um projeto que divide as contribuições previdenciárias em vários fundos diferentes e “condena” o Estado a pagar quase R$ 260 bilhões nas próximas décadas. Além disso, o governador quer ampliar as isenções de impostos para os empresários mais ricos de SC de R$ 20 bi, em 2023, para R$ 22 bi no ano que vem.

A proposta do Fórum Catarinense de Defesa do Serviço Público é fazer concurso para fortalecer o Regime de Repartição Simples para que as contribuições cubram uma parte maior dos benefícios pagos pelo Iprev-SC, mas também limitar as isenções fiscais concedidas a empresários bilionários para que o Estado arrecade mais e tenha condições de cobrir o déficit criado pela irresponsabilidades de governos passados.

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